7.10.25

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E CÂNCER DE MAMA: HÁBITOS QUE PROTEGEM

Uma alimentação saudável pode ser uma grande aliada na prevenção do câncer de mama. Descubra quais hábitos e alimentos ajudam nessa proteção.

Embora existam fatores de risco que não podem ser modificados — como idade, histórico familiar e genética —, estudos mostram que a alimentação saudável é uma aliada poderosa na prevenção do câncer de mama.

Mais do que estética, cuidar do prato significa fortalecer a imunidade, reduzir inflamações e oferecer ao corpo nutrientes que ajudam a evitar doenças. Assim, a prevenção começa todos os dias, com escolhas simples e conscientes.

Alimentação saudável e câncer de mama: qual a relação?

Pesquisas indicam que até 30% dos casos de câncer podem ser prevenidos com mudanças no estilo de vida. Isso inclui a prática de atividade física, o controle do peso e principalmente, uma alimentação saudável voltada para o câncer de mama.

Isso acontece porque alguns alimentos possuem compostos bioativos, fibras e antioxidantes que combatem radicais livres, regulam hormônios e protegem as células. Em contrapartida, ultraprocessados, açúcar branco e álcool favorecem processos inflamatórios que aumentam os riscos.

Alimentos que auxiliam na prevenção do câncer de mama

1. Frutas vermelhas e roxas

Morangos, amoras, mirtilos e uvas roxas são ricos em antioxidantes. Além disso, suas antocianinas reduzem danos oxidativos nas células.

2. Vegetais crucíferos

Brócolis, couve-flor, couve e repolho contêm glicosinolatos. Dessa forma, ajudam na desintoxicação do organismo e podem inibir células tumorais.

3. Leguminosas

Feijão, lentilha e grão-de-bico oferecem fibras e fitoestrógenos. Assim, contribuem para o equilíbrio hormonal e reduzem o risco de câncer de mama.

4. Sementes e oleaginosas

Linhaça, chia e nozes são fontes de ômega-3 e lignanas. Por isso, atuam como anti-inflamatórios naturais.

5. Alimentos ricos em vitamina D e cálcio

Exposição solar moderada auxilia na regulação celular e hormonal.

Hábitos alimentares que fazem diferença

Além dos alimentos, alguns hábitos relacionados à alimentação saudável no câncer de mama são igualmente importantes:

  • Prefira comida de verdade, fresca e natural.
  • Inclua fibras diariamente para manter o intestino saudável.
  • Evite álcool, já que aumenta os riscos de câncer.
  • Combine proteínas magras, frutas e verduras em todas as refeições.
  • Mantenha-se hidratada com bastante água ao longo do dia.

Essas atitudes, quando praticadas de forma contínua, transformam-se em um escudo protetor para a saúde.

Alimentação saudável e estilo de vida

Vale destacar que o cuidado não depende apenas da comida. A prática regular de exercícios, o controle do peso corporal, o sono de qualidade e a redução do estresse fortalecem ainda mais a proteção contra o câncer de mama.

Portanto, a prevenção é um conjunto de escolhas. Pequenas mudanças no dia a dia, quando somadas, fazem uma grande diferença no futuro.

Conclusão

Cuidar da alimentação é um gesto de amor à vida. Ao incluir frutas, verduras, fibras e alimentos antioxidantes, você fortalece o corpo e contribui para a prevenção de doenças graves.

Assim, a alimentação saudável e o câncer de mama se conectam em uma relação de cuidado e proteção.

Neste Outubro Rosa, lembre-se: o prato pode ser um dos maiores aliados na sua saúde.

1.10.25

FOME EMOCIONAL: SAIBA IDENTIFICAR

fome emocional

Muitas vezes, quando você está com aquela vontade de comer no meio da tarde, não é o seu corpo que realmente necessita de alimento. Descubra agora como identificar a fome emocional. 

Talvez a nossa ideia da palavra fome não esteja tão correta. Ou, se você preferir, podemos dizer que existem simplesmente diferentes tipos de fome.

O fato é que, para começarmos, é importante que você entenda que essa sensação nem sempre está relacionada a uma necessidade real do organismo. 

A princípio, você vai descobrir que existem diversos tipos de fome. Depois, falaremos especificamente de uma delas: a fome emocional.

Então, se você anda desconfiado daquela vontade de comer algo “gostoso” no meio da tarde ou de pedir uma pizza depois de chegar em casa cansado, preste atenção! Hoje, você vai entender esse processo e poderá usar esse autoconhecimento para mudar seu comportamento alimentar.

Quais são os tipos de fome?

A fome pode ser categorizada em diferentes tipos, cada uma com características distintas e desencadeada por fatores variados. Compreender esses tipos ajuda a identificar suas necessidades reais e a responder de forma adequada.

Fome fisiológica ou orgânica

A fome fisiológica, ou orgânica, é a necessidade biológica de nutrientes. Ela surge quando o corpo precisa de energia para funcionar corretamente. Os sinais da fome física incluem estômago roncando, dor de cabeça, fraqueza e irritabilidade.

Esse tipo de fome é gradual. Portanto, ela aumenta à medida que o intervalo entre as refeições aumenta. Mesmo que a pessoa não sinta que está com forme, ela começa a perder as forças e pode sofrer um desgaste físico ou ter uma redução no desempenho cognitivo.

Outro ponto muito importante é o fato de que a fome fisiológica pode ser satisfeita com qualquer alimento nutritivo. Ela não é seletiva. Inclusive, existe até um ditado que diz que “a fome é o melhor tempero”.

Fome social

A fome social ocorre em situações onde a comida está associada a interações sociais. Isso inclui refeições em família, jantares com amigos ou eventos sociais.

Comer em grupo pode influenciar a quantidade e o tipo de alimento consumido, muitas vezes levando ao consumo de produtos que normalmente não se escolheria no dia a dia em uma refeição comum.

Embora isso possa ser negativo, com aumento do consumo de álcool e frituras, por exemplo, também pode ser positivo. É possível que uma pessoa que se alimenta mal durante a semana, recorrendo ao fast food ou lanches, coma comida de verdade no almoço do final de semana, em família.

Fome sensorial

A fome sensorial é desencadeada pelos sentidos – visão, cheiro e gosto. Por exemplo, o aroma de pão fresco ou a visão de um bolo delicioso pode despertar o desejo de comer, mesmo que você não esteja fisicamente com fome.

Diferentemente da fome fisiológica, este tipo de fome está muito relacionado ao prazer sensorial. Portanto, a pessoa tende a se sentir atraída por alimentos específicos, com uma certa seletividade.

Fome situacional

A fome situacional é desencadeada por ambientes específicos ou contextos. Por exemplo, a fome que surge ao assistir a um filme no cinema, onde é comum consumir pipoca, ou durante um evento esportivo, onde salgadinhos e bebidas são oferecidos.

Assim, o ambiente cria um impulso para comer, independentemente da fome física.

Fome específica

A fome específica refere-se ao desejo por alimentos específicos, muitas vezes devido a uma deficiência nutricional. Por exemplo, um desejo intenso por carne pode indicar uma necessidade de proteínas ou ferro. Este tipo de fome é o corpo sinalizando uma necessidade específica de nutrientes.

Cada tipo de fome tem seus próprios gatilhos e respostas. Compreender essas variações ajuda a reconhecer quando realmente estamos com fome física ou quando outros fatores estão influenciando nosso desejo de comer e consumir calorias em excesso.

Porém, como você viu, não falamos da fome emocional. Isso foi proposital, pois ela será tema dos próximos tópicos.

O que é a fome emocional?

A fome emocional é o desejo de comer em resposta a emoções, em vez de à necessidade física de nutrientes. Esse tipo de fome surge como uma maneira de lidar com sentimentos negativos, como estresse, ansiedade, tristeza, solidão ou tédio.

Ao contrário da fome física, que se desenvolve gradualmente e pode ser satisfeita com qualquer alimento nutritivo, a fome emocional é súbita e geralmente direcionada a alimentos específicos, muitas vezes ricos em açúcar, gordura ou sal.

Isso tem um motivo: esses elementos (açúcar, gordura e sal), especialmente se combinados, produzem uma descarga de dopamina no cérebro. Portanto, eles causam uma sensação de prazer.

Assim, depois de um dia cansativo, em que a pessoa talvez tenha enfrentado algumas frustrações, ela pensa: “quer saber? Eu mereço um doce (ou aquela pizza) como recompensa por tudo que eu passei”.

A fome emocional pode levar a um ciclo vicioso: comer para aliviar as emoções pode proporcionar um alívio temporário, mas muitas vezes resulta em culpa e arrependimento, intensificando os sentimentos negativos e levando a mais episódios de comer emocional.

Quando, além disso, a pessoa tem problemas com o peso, esse processo se torna ainda mais complexo. Comer alimentos não saudáveis terá um efeito na forma corporal. Então, insatisfeito com a própria imagem, o indivíduo tem mais um motivo para descontar a frustração na comida e se sentir culpado.

Identificar a fome emocional é crucial para desenvolver estratégias de enfrentamento mais saudáveis e evitar o ganho de peso e os problemas de saúde associados ao excesso de alimentação.

Como identificar a fome emocional?

Identificar a fome emocional envolve prestar atenção aos sinais e gatilhos que diferenciam esse tipo de fome da fome física. A fome emocional surge de forma súbita e é urgente, enquanto a fome física se desenvolve gradualmente.

Se você sente um desejo repentino de comer e busca alimentos específicos, especialmente aqueles ricos em açúcar, gordura ou sal, isso pode ser um sinal de fome emocional.

Outro indicador é a origem do desejo de comer. Se a vontade de comer surge em resposta a emoções negativas, como estresse, tristeza, tédio ou solidão, em vez de uma necessidade física de nutrientes, é provável que seja fome emocional.

Além disso, a fome emocional frequentemente leva a comer em excesso e a uma sensação de culpa ou arrependimento após a refeição.

Refletir sobre o que desencadeou o desejo de comer e como você se sente após comer pode ajudar a identificar padrões de fome emocional. Manter um diário alimentar e emocional pode ser uma ferramenta útil para reconhecer esses padrões e desenvolver estratégias para lidar com as emoções de maneira mais saudável.

Como lidar com a fome emocional?

Lidar com a fome emocional envolve desenvolver estratégias para reconhecer e gerenciar os gatilhos emocionais que levam ao desejo de comer. Aqui estão algumas abordagens eficazes:

Identifique os gatilhos

O primeiro passo é identificar os gatilhos emocionais que provocam a fome emocional. Mais uma vez, o diário alimentar e emocional pode ajudar a reconhecer padrões e situações que levam ao comer emocional.

Então, anote o que você come, quando come e como se sente antes e depois de comer. Isso pode revelar os momentos em que você tende a comer por razões emocionais.

Desenvolva alternativas saudáveis

Encontre alternativas saudáveis para lidar com as emoções negativas. Praticar exercícios físicos, ler um livro, ouvir música ou conversar com um amigo são formas eficazes de lidar com o estresse e a ansiedade sem recorrer à comida.

Essas atividades não apenas distraem, mas também ajudam seu cérebro a produzir dopamina de outras formas. Assim, ele aprenderá que é possível melhorar o humor e reduzir o estresse sem ter que recorrer a hábitos alimentares inadequados.

Planeje suas refeições

Planejar as refeições com antecedência pode ajudar a evitar a fome emocional. Mantenha uma rotina alimentar regular, com refeições balanceadas e lanches saudáveis, para evitar a fome extrema, que pode levar a atitudes impulsivas.

Recorra à psicoterapia

A psicoterapia, especialmente a terapia cognitivo-comportamental (TCC), pode ser muito útil para tratar a fome emocional. A TCC ajuda a identificar e modificar os pensamentos e comportamentos negativos que levam ao comer emocional.

Embora tenhamos mencionado a TCC, um terapeuta pode fornecer ferramentas e estratégias personalizadas para lidar com as emoções de maneira mais saudável e, desta forma, você não precisará usar a comida como válvula de escape.

Autocompaixão

Pratique a autocompaixão e evite se culpar por episódios de comer emocional. Entenda que todos enfrentam desafios emocionais e que é possível aprender a gerenciar este comportamento com o tempo e a prática. Seja gentil consigo mesmo e celebre pequenas vitórias ao longo do caminho.

Implementar essas estratégias pode ajudar a reduzir a frequência e a intensidade da fome emocional, promovendo uma relação mais saudável com a comida e melhorando o bem-estar geral.

23.9.25

COMO EVITAR A QUEDA DE ENERGIA À TARDE: 8 DICAS PRÁTICAS

Descubra como evitar a queda de energia à tarde com 8 dicas simples de alimentação, sono e hábitos saudáveis. Mais energia para o seu dia!

Você já sentiu aquele famoso “apagão” depois do almoço? A cabeça pesa, a concentração desaparece e a vontade é de deitar por alguns minutos. Essa sensação é conhecida como queda de energia à tarde e acontece com muita gente.
Mas afinal, por que isso acontece? E principalmente: como evitar a queda de energia à tarde no seu dia a dia?

O que é a queda de energia à tarde?

Nosso corpo segue um ciclo chamado ritmo circadiano, que regula processos biológicos e comportamentais ao longo de 24 horas. Entre eles, os níveis de energia, que naturalmente sobem e descem durante o dia.

Após o almoço, é comum sentir a queda de energia à tarde, porque:

  • O corpo libera melatonina, hormônio do sono;
  • Refeições ricas em carboidratos ou açúcares causam picos e quedas de glicose;
  • Noites mal dormidas intensificam o cansaço.

O resultado é sonolência, falta de foco e até a sensação de “mente nublada”.

1. Como evitar a queda de energia à tarde com um bom desjejum

Um café da manhã equilibrado, rico em proteínas, gorduras boas e carboidratos complexos, garante energia constante e reduz o impacto do cansaço após o almoço.

2. Tome sol para regular o corpo

A exposição à luz solar ajuda a regular o ritmo circadiano. Mesmo alguns minutos perto da janela já fazem diferença.

3. Mova-se durante o dia

Pequenos alongamentos ou caminhadas de 2 minutos melhoram a circulação e reduzem a sonolência. Essa é uma estratégia prática de como evitar a queda de energia à tarde.

4. Evite ultraprocessados

Eles até dão energia rápida, mas provocam o famoso “crash” depois. Prefira frutas e oleaginosas.

5. Beba bastante água

A hidratação é fundamental para manter o corpo ativo. A falta de água aumenta o cansaço e prejudica a concentração.

6. Durma bem

Uma boa noite de sono (7 a 9 horas) ajuda a equilibrar o relógio biológico e diminui a intensidade da queda de energia à tarde.

7. Evite a cafeína

A cafeína pode causar o efeito contrário e até atrapalhar o sono noturno. Prefira laranja.

8. Mude de ambiente

Trocar de cenário estimula os sentidos, aumenta o foco e ajuda a afastar a sonolência.

queda de energia à tarde é natural, mas pode ser controlada com hábitos simples. Agora que você sabe como evitar a queda de energia à tarde, coloque essas dicas em prática e tenha mais disposição até o fim do dia.

18.9.25

TIPOS DE AVC: ENTENDA AS DIFERENÇAS E DESCUBRA OS SINAIS DE ALERTA

1 em cada 13 mortes de brasileiros ocorre devido ao acidente vascular cerebral (AVC). O problema, conhecido popularmente como derrame, é a segunda principal causa de morte em nosso país e também no mundo. São mais de 100 mil óbitos registrados no Brasil a cada ano.

Apesar da gravidade do problema, nem sempre vemos ações impactantes para conscientizar as pessoas sobre a importância de preveni-lo. Por isso, neste artigo começaremos uma série de publicações que falarão sobre os tipos de AVC, o impacto que eles geram na vida dos pacientes e como evitá-lo.

Quer saber mais sobre o assunto? Então, continue a leitura!

O que é um acidente vascular cerebral?

A pessoa sofre um acidente vascular cerebral quando o fluxo sanguíneo no cérebro (ou parte dele) é interrompido abruptamente. Então, as células do cérebro deixam de receber sangue e, consequentemente, oxigênio. Nessas condições, elas morrem, causando prejuízos funcionais e problemas cognitivos ao paciente, ou até mesmo sua morte.

Quais são os tipos de AVC?

Existem dois tipos de acidente vascular cerebral. No AVC isquêmico, o fluxo sanguíneo é bloqueado por alguma obstrução nos vasos sanguíneos do cérebro. O AVC isquêmico atinge entre 80% e 85% dos pacientes.

O outro tipo de AVC é o hemorrágico, que acontece em 15 a 20% dos casos. A diferença entre eles é que o vaso sanguíneo do cérebro se rompe espontaneamente, causando um “derrame”.

Qual é a incidência do acidente vascular cerebral?

No Brasil, pelo menos 185 mil pessoas sofrem derrames a cada ano. Considerando o fato de que mais 100 mil pessoas morrem, percebe-se que o problema é grave. Menos da metade dos acometidos consegue se recuperar.

O AVC é um problema mais comum entre os idosos, que são vítimas em 90% dos casos. Porém, esse é um quadro que está mudando. Um estudo americano publicado no Journal of the American Heart Association demonstrou que estamos adiantando esse problema.

Segundo a publicação, entre os anos de 2000 e 2010 houve um aumento de 43,8% nos casos de AVC em pacientes de 25 a 44 anos. Na Dinamarca, estudos chegaram a uma conclusão parecida. As internações de pessoas entre 15 e 30 anos por AVC aumentaram 40% nos anos 1994 a 2012.

Números semelhantes foram verificados na França e Suécia, demonstrando uma tendência importante e à qual precisamos ficar atentos.

Qual é impacto da alta incidência de AVCs?

O impacto menos desejado, com certeza, é a morte. Por isso, é lamentável que, independentemente da idade, tantas pessoas venham a óbito anualmente devido a esse problema.

Porém, além dos óbitos, especialistas alertam para o fato de que o aumento de AVC em pessoas mais jovens traz um grande impacto familiar e econômico.

Estima-se que cerca de 70% dos pacientes acometidos por AVC não voltam ao trabalho. Quando isso acontece na faixa da população economicamente ativa, ocorrem alguns efeitos em cascata.

Além de não conseguir mais contribuir para a renda familiar, o paciente com sequelas moderadas ou graves (mais da metade dos atingidos) ainda passa a depender dos outros para realizar as tarefas diárias. Assim, outras pessoas da família também deixam de trabalhar ou estudar para cuidar do doente.

É fundamental destacar ainda, que uma das consequências do acidente vascular cerebral tende a ser mais perigosa para jovens. Na fase aguda do AVC, o cérebro apresenta edema, que é um inchaço. Nos pacientes com menos idade, há pouco espaço dentro do crânio. A pressão intracraniana se torna muito alta, o que pode trazer sequelas bastante sérias.

No idoso, esse risco é menor. Naturalmente, ao longo dos anos, o volume do cérebro diminui. Portanto, mesmo que ele fique edemaciado durante um AVC, a caixa craniana tem um pouco mais de espaço disponível, o que produz menos lesões devido ao edema.

Como minimizar os impactos de um AVC?

Os impactos de um AVC dependem de uma série de fatores, sendo que os principais são sua extensão no cérebro e também a área específica que foi lesada. Quanto mais regiões do cérebro tiverem ficado sem oxigênio durante aquele período, piores são as sequelas e o risco de morte.

Embora esse fator não possa ser controlado, existem outros que podem contribuir para que o paciente tenha chances maiores de recuperação. Veja quais são esses fatores:

Tempo de atendimento

Aos primeiros sinais de AVC, a pessoa deve ser encaminhada imediatamente ao hospital. Sem o abastecimento de oxigênio adequado, cerca de 120 milhões de células cerebrais morrem a cada hora. Por isso, não se deve esperar os sintomas passarem. A demora acima de 3 horas após o surgimento dos sintomas eleva o risco de danos posteriores.

Quando está sofrendo o AVC, o paciente nem sempre percebe o que está acontecendo ou não tem condições de buscar socorro sozinho. Por esse motivo, é importante que todos conheçam os sintomas de AVC e consigam identificá-los para providenciar socorro para alguém nessa situação.

Acompanhamento pós-AVC

Os três primeiros meses após o AVC também são extremamente importantes. Nesse período, o cérebro ainda consegue aprender com mais facilidade. Algumas áreas são capazes de assumir atividades realizadas por outras que foram danificadas pela falta de oxigênio.

Portanto, é importante que o paciente tenha o acompanhamento de uma equipe especializada em reabilitação. Se existe alguma possibilidade de recuperar determinadas funções, esse momento é crucial para proporcionar os estímulos que o cérebro precisa para reverter alguns danos.

Adoção de um estilo de vida saudável

Um em cada quatro pacientes que sofre um derrame tem um novo AVC. A única maneira de prevenir essa reincidência é com a mudança de hábitos. Sobreviver a um acidente vascular cerebral é ganhar de presente uma nova vida. Para não desperdiçá-la, é preciso eliminar ou reduzir ao máximo os fatores de risco.

Quais são os sinais ou sintomas de um AVC?

Os sintomas de um AVC são:

  • fraqueza de um lado do corpo;
  • sensação de formigamento ou perda da sensibilidade de um lado do corpo;
  • alterações motoras, não conseguir fazer os movimentos que deseja;
  • enfraquecimento ou paralisia de um lado da face, braço, perna ou um lado inteiro do corpo;
  • tontura sem causa definida;
  • desequilíbrio ou queda súbita ao andar, seguida de enfraquecimento, paralisia ou dormência de um lado do corpo;
  • perda da assimetria do rosto, com uma parte torta, alterada, congelada;
  • dificuldade para falar;
  • dificuldade para entender o que os outros estão falando;
  • dor de cabeça forte ou persistente;
  • dificuldade para engolir;
  • perda de visão ou visão turva, especialmente se for em um único olho;
  • episódio de visão dupla ou de sombra na linha de visão;
  • distúrbio sensitivo;
  • alteração no nível de consciência;
  • em alguns casos, crise convulsiva.

E se os sintomas passarem?

Em algumas pessoas, esses sintomas desaparecem espontaneamente depois de alguns minutos. Seu desaparecimento é melhor que um AVC, porém é um sinal de alerta e deve motivar o paciente a procurar atendimento neurológico com urgência.

A apresentação transitória desses sintomas é conhecida como Ataque Isquêmico Transitório (AIT). O AIT alerta que existe uma obstrução em vasos sanguíneos do cérebro e que o paciente corre o risco de ter um AVC nos dias seguintes. Portanto, trata-se de uma emergência que deve ser comunicada ao médico imediatamente.

Agora você já sabe quais são os tipos de AVC, suas consequências e sintomas. 

ATEROSCLEROSE: CAUSAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Aterosclerose

Quem desenvolve a aterosclerose aumenta muito seu risco de ser vítima das maiores causas de morte no Brasil e no mundo. Então, não perca este post e saiba como prevenir este problema.

Se você acha que a gordura que o nosso organismo acumula enche apenas os "pneuzinhos" que tanto incomodam, está enganado.

Um dos locais mais perigosos para o acúmulo de gordura (mas não o único) é a parede das nossas artérias. Quando isso ocorre, a pessoa recebe o diagnóstico de aterosclerose.

Mas você sabe o que é aterosclerose? Sabe qual é o risco de se manter sob esta condição? Quer descobrir como tratá-la? Então, continue a leitura!

O que é a aterosclerose?

A aterosclerose é uma doença crônico-degenerativa que afeta as artérias do corpo humano.

Isso significa que ela tem um desenvolvimento progressivo, geralmente lento e, à medida que evolui, ela causa uma degeneração, danificando os tecidos dos vasos sanguíneos.

De forma simplista, nós dizemos que a aterosclerose é o acúmulo de gordura nas artérias. Porém, além da gordura, esses depósitos contêm também cálcio e outras substâncias que formam as placas ateroscleróticas.

E por que o cálcio e essas outras substâncias são importantes para a compreensão da doença? O cálcio, como você sabe, tem a propriedade de enrijecer, endurecer outros materiais.

Assim, ossos com bastante cálcio se tornam mais duros e resistentes, o que é muito bom para nós. Por outro lado, cálcio nas artérias faz com que elas se estreitem e se endureçam, comprometendo a circulação sanguínea.

O comprometimento da circulação sanguínea é apenas parte deste processo. Afinal, o estreitamento e enrijecimento das artérias podem contribuir para eventos como acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e infartos.

Portanto, como você pode perceber, a aterosclerose é uma condição silenciosa, mas extremamente perigosa. Muitas pessoas só a descobrem justamente quando sofrem um infarto ou derrame.

Como a aterosclerose se forma?

Nossas artérias são revestidas internamente por um tecido, o endotélio. Ele pode sofrer danos quando a pessoa tem hipertensão arterial (pressão alta), elevação dos níveis do colesterol LDL, tabagismo, diabetes e outras inflamações crônicas.

Assim, essas condições lesam o endotélio. Ele, então, se torna mais permeável. Gorduras, incluindo o próprio LDL, se infiltram na parede da artéria. Esta gordura se oxida e gera uma resposta inflamatória.

Se existe uma reação inflamatória, naturalmente o sistema imunológico, responsável pela defesa do nosso organismo, é acionado. Algumas células desse sistema, os macrófagos, chegam ao local e “engolem” o LDL oxidado.

Porém, ao envolver o LDL oxidado, com o objetivo de neutralizá-lo, esses macrófagos se transformam em células espumosas.

Essas células espumosas se acumulam, absorvem substâncias como cálcio e tecido fibroso e formam placas que endurecem as veias. Apenas esse enrijecimento já dificulta a circulação sanguínea.

Porém, não é só isso. Conforme as placas se tornam cada vez mais espessas, elas estreitam as artérias e, em alguns casos, obstruem completamente a passagem do sangue.

A causa de tudo isso? Nossos hábitos. Alimentação desequilibrada, tabagismo e diabetes são alguns dos muitos fatores que causam lesão nas artérias. Em resumo, o nosso estilo de vida causa aterosclerose.

Quais são os riscos da aterosclerose?

A progressão da aterosclerose pode causar inúmeras complicações à saúde. Em primeiro lugar, com o tempo, as placas ateroscleróticas tendem a se tornar instáveis.

Isso significa que elas se rompem e, com esta ruptura, forma-se um coágulo sanguíneo no local (trombo). Este trombo simplesmente começa a se deslocar, seguindo o fluxo do sistema circulatório.

Quando este trombo chega a um vaso sanguíneo e não consegue passar por ele, ocorre uma obstrução. O bloqueio desta veia ou artéria, seja total ou parcial, pode causar tanto ataque cardíaco quanto AVC, dependendo do local da obstrução.

Infartos, AVCs de outras doenças cardiovasculares (doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, arritmias…) causam 1 em cada 3 mortes, o que equivale a 17 milhões de mortes no mundo.

Portanto, a aterosclerose predispõe a pessoa a ser vítima de uma das principais causas de morte no mundo, reduzindo a expectativa de vida.

Mesmo se não pensarmos nas piores consequências possíveis, a aterosclerose prejudica a qualidade de vida da pessoa. Afinal, com as artérias estreitadas, o sangue não consegue circular livremente e não chega a todos os órgãos e tecidos.

Assim, a pessoa passa a ter sintomas como dor no peito (angina), dor nas pernas ao andar ou fazer exercícios (claudicação), entre outros problemas de saúde.

Como prevenir e tratar a aterosclerose?

Tanto a prevenção quanto o tratamento da aterosclerose se baseiam na eliminação das causas desta doença. Portanto, não há outro caminho a não ser adquirir hábitos saudáveis.

Existem, sim, cirurgias cardíacas que podem ser necessárias quando a aterosclerose já atingiu um nível mais alto de gravidade, quando ela é considerada severa. Essas cirurgias são:

  1. Angioplastia e implante de stent: o médico insere um cateter com um pequeno balão na ponta na artéria bloqueada. Ao chegar ao local da obstrução, o balão é inflado para abrir a artéria. Então, uma malha de metal (stent) é colocada no lugar para segurar a veia e não permitir seu fechamento.
  2. Cirurgia de by-pass: os médicos utilizam um vaso sanguíneo retirado de outra parte do corpo para criar um desvio (by-pass) em torno da artéria bloqueada. Assim, o sangue é direcionado para esse desvio e não se acumula no local do bloqueio.
  3. Endarterectomia: trata-se da remoção cirúrgica da placa aterosclerótica da artéria para restaurar o fluxo sanguíneo normal.

Embora, atualmente, essas cirurgias tenham se tornado mais seguras, será que nós realmente precisamos chegar ao ponto de realizar a desobstrução em um centro cirúrgico, sendo que podemos prevenir e tratar um problema tão grave mudando nossos hábitos?

O tratamento da aterosclerose, assim como de outras doenças crônicas, não tem segredo: alimentação saudável, alimentação equilibrada, atividade física, repouso (sono e descanso semanal), consumo de água, exposição responsável à luz solar, ar puro, temperança e confiança em Deus.

Cada um desses remédios naturais tem seu papel na cura. Você sabia, por exemplo, que a exposição ao sol faz o organismo produzir óxido nítrico, que relaxa os vasos sanguíneos e evita que eles se enrijeçam?

Da mesma forma ocorre com a temperança, por exemplo. O cigarro é um dos principais fatores de lesão do endotélio e enrijecimento das artérias. Quando nos abstemos do tabagismo, nosso sistema cardiovascular agradece.

DOENÇAS CARDIOVASCULARES: COMO EVITAR ESSE RISCO?

Doenças cardiovasculares

Quando falamos em doenças cardiovasculares, temos uma notícia ruim e uma boa. A ruim é que elas são as doenças que mais matam no mundo. A boa é que você não precisa ter essas doenças, pois elas são evitáveis. Saiba mais!

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte. Em todo o mundo, elas são responsáveis por 31% dos óbitos, ou seja, elas provocam praticamente 1 em cada 3 falecimentos.

No entanto, como já mencionamos, você pode evitar essas doenças. Por isso você vai descobrir quais são as principais doenças cardiovasculares, os fatores de risco e o que fazer para ficar longe dessas estatísticas. Continue a leitura e saiba mais!